domingo, 8 de junho de 2014

Retiro onírico

Vou-me embora pra Neverlândia
Lá sou amigo dos piratas
Lá tenho a princesa que eu quero
No castelo que escolherei
Vou-me embora pra Neverlândia

Vou-me embora pra Neverlândia
Aqui eu até sou feliz
Mas lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que o Chapeleiro Maluco
Plebeu e falso demente
Vem a ser contraparente
Da sanidade que eu nunca tive

E como farei ginástica
Voarei de bicicleta
Montarei em alienssauro brabo
Subirei até o Everest
Tomarei banhos de cloro!
E quando estiver cansado
Deito na calçada da Main Street
Mando chamar o Grilo Falante
Pra me contar as estórias
Que no tempo de eu menino
Pan vinha me contar na janela
Vou-me embora pra Neverlândia

Em Neverlândia tem tudo
É outra vibração
Tem um processo seguro
De impedir a depressão
Tem alegria, alegria
Tem pirlimpimpim à vontade
Tem infinitos bonitos
Para a gente explorar

E quando eu estiver mais feliz
Mas feliz de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de cantar feito foguete estourando no céu
– Lá sou amigo dos piratas –
Terei a princesa que eu quero
No castelo que escolherei
Vou-me embora pra Neverlândia
E não volto mais

Quer dizer, até volto – quando acordar

P.S.: O Pasmatório e eu resolvemos tirar umas férias. Retornaremos à nossa programação normal assim que eu voltar de viagem. Ou a viagem voltar de mim.

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