Já se disse quase tudo sobre a entrevista de Xuxa ao quadro
“O que vi da vida”, do Fantástico.
Baixinhos, altinhos, seguidores, detratores, indiferentes, até aqueles que
juram nunca assistir nem a comercial de pirulito na Toda-Poderosa Platinada
não resistiram à loira – e deram seu pitaco sobre o assunto mais
importante de todos os tempos da última semana.
Por isso, não vou repetir aqui as lenga-lengas que tomaram
conta das redes sociais nesses dias, como a de que a apresentadora andava esquecida
e precisava aparecer; a de que era hipócrita ao revelar ter sido vítima de
abuso sexual e, ao mesmo tempo, mover céus e infernos para omitir a
famigerada cena com um menino de nove ou doze anos no filme Amor estranho amor; ou a
de que o dominical da Globo planejou seu depoimento para alavancar a
audiência.
Que a gaúcha de Santa Rosa já não está no auge da carreira,
é evidente. Ilariês e tindolelês são hoje apenas uma saudade de quem teve a
sorte de crescer nos anos 80. Daí a afirmar que ela só quis chamar a atenção
para si é mera conjectura. Especulação. O fato é que chamou a
atenção, sim, para a questão da violência sofrida por crianças e adolescentes
Brasil afora.
Que a moçoila interpretou, no longa dirigido por
Walter Hugo Khouri, uma garota de programa que seduz um garoto, é verdade.
Daí a obrigá-la a recordar diante das câmeras essa passagem e condená-la ad nauseam por fazer uma sequência erótica numa
pornochanchada do início dos anos 80 é coisa de quem tem como esporte
favorito atirar tamanco no telhado do vizinho.
Que a revista eletrônica comandada por Zeca Camargo, Renata
Ceribelli e Tadeu Schmidt tirou várias casquinhas do testemunho da estrela para
ganhar uns pontinhos no Ibope e desbancar a nobre concorrência de Pânicos e companhia, ninguém duvida. É a
isso, aliás, que dão o singelo nome de capitalismo. Ca-pi-ta-lis-mo.
O resto é conversa fiada. Tara de quem insiste naquela
ladainha – que invariavelmente ressurge – de que a Xuxa teria erotizado a
infância de uma geração inteira. De fato, muitos amigos meus estão até hoje
fazendo terapia (na base do tarja preta) por causa daquelas ombreiras enormes,
daquelas botas de cano longo, daquelas xuxinhas no cabelo.
Vergonha alheia dessa personagem chamada Xuxa, tenho penha dela...
ResponderExcluirmas as pessoas n esquecem esse assunto da xuxa
ResponderExcluirnunca gostei dela, ela acha q consegue enganar alguem com essa voz dele q por sinal eh bem enjoada...
ResponderExcluirhttp://kelecatura.blogspot.com.br/
Quando eu era criança eu gostava muito da Xuxa, achava que aquele disco chamado "fã nº 1" tinha sido feito especialmente pra mim, pras outras pessoas eram outros números... Passei muito tempo da minha infância acreditando que ela era a Rainha dos Baixinhos, que não deixa de ser, só porque não é mais pra mim. Eu fiquei bem abismada quando soube desse tal filme que ela fez, mas isso não me fez descartar as boas tardes que tive com os amigos brincando ao som de suas músicas divertidas. Hoje eu acho ela particularmente sem graça, desde o Xou da Xuxa ela não é a mesma coisa, dá pra notar o cansaço no rosto dela (também pudera né). Duvido muito que ela tenha feito tudo isso pra chamar atenção, o problema não é ela, e sim a emissora que ela trabalha. Não tive oportunidade de ver a entrevista e até agora não vi pela net, mas o que quer que tenha sido dito na entrevista, sendo verdade ou não, cabe a quem gosta/odeia tirar suas conclusões. O problema é que as pessoas "tem a necessidade" de não gostar de alguma coisa em um determinado momento, e a bola da vez agora foi ela. Mas qualquer pessoa que tivesse dado essa entrevista, seria critido(a).
ResponderExcluir***
Patrícia (Colaboradora do Café de Fita)
Finalmente alguém a quem concordar, rsrsrsr. As pessoas de hoje em dia, quando se cansam de algo, além de esquecê-lo, querem quebrá-lo.
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