Não bastasse ressuscitar Odete Roitman, Viúva Porcina,
Ravengar e tantos outros personagens inesquecíveis da nossa teledramaturgia, o
Viva (canal de tevê por assinatura) tem fechado suas noites com reprises do Globo de ouro, clássico programa
musical que embalou os anos 70 e 80 ao som dos hits da época.
Bom demais rever Lulu Santos considerando justa toda forma
de amor; Wando sujando o palco de carmim, fogo, paixão e calcinhas; Fagner
perdoando nossos deslizes, ombreiras e penteados; José Augusto navegando sonhos
como nuvem passageira, chuvas de verão; Luiz Caldas voando feito abelha pra
pousar na nossa flor.
Haja amor.
Melhor ainda lembrar Rosana desfilando – como uma
deusa – aqueles figurinos hoje felizmente tão perto das lendas;
Cazuza querendo uma ideologia pra viver; o Trem da Alegria ensinando a plateia
a jogar ioiô; a rainha Xuxa dançando a festa do estica-e-puxa com seus súditos;
o Roupa Nova gritando pra todo mundo ouvir seus versos despudoradamente
românticos.
E o que dizer dos refrões e artistas aparentemente
deletados da nossa memória? O
ilha-ilhá-do-amor-Madagascar-ilha-ilhá-do-amor-Madagascar, da afrodescendente
Banda Reflexus; o será-que-ela-me-quer-divina-ou-é-mulher, do Roberto
"Arrebita" Leal; o não-está-sendo-fácil-viver-assim-você-está-grudado-em-mim,
da Kátia Cega.
Impagavelmente chicléticos.
Tão chicléticos que tenho passado os
últimos dias cantarolando obstinadamente cada um deles. Para desespero da
Fernanda – já esgotada dos meus solos à Guilherme Arantes.
é legal ver esse tempo de ouro deles
ResponderExcluirO canal Viva é realmente maravilhoso , recordar estas pérolas é ótimo ...
ResponderExcluirhttp://andyantunes.blogspot.com.br/
Muito bom! Anos que não voltam mais.
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