Da
série onde vamos parar: acabo de baixar um aplicativo no meu smartphone para
receber mensagens do futuro. É o Time Machine Messenger. Ou TMM (lê-se com a
pronúncia inglesa, como Ene Bi Ei para NBA). Só não vou dizer a marca para não
parecer merchan. Mas garanto que funciona. Tanto é que já estou com a caixa de
entrada cheia – sinal de que nossos netos não serão menos desocupados que a
gente.
O
primeiro recado vem de dois mil e flash gordon. É de um tal @realsteverogers compartilhando
com o mundo inteiro que o conflito em Buenos Aires está bombadaço. Que os
drones venezuelanos são mais perigosos que os brasileiros. Que os aborígines
bolivianos são mais kamikazes que os muçulmanos. Curioso é que o sujeito anexou
uma selfie dele com uma mesquita explodindo ao fundo. #partiufront
Próxima:
essa é do @bonnerneto, anunciando que o conflito no Oriente Médio já chegou à
Europa – via russos filhos do Putin e franceses membros de uma seita conhecida
como Esquerda Croissant. Ainda segundo o apresentador do Jornal Internacional, estilistas comunas, interessados em lançar sua
nova coleção de caças e mísseis, estariam liquidando a anterior. Metralhadoras
nucleares a partir de 9,99 euros.
Outra
do @bonnerneto: um #ff para o perfil do @galvãobuenoimortal. Entre diversas mensagens
de parabéns à Seleção pela classificação para a Copa após quase meio século de
hiato, o locutor comemora o aniversário de duzentos anos e a compra dos
direitos exclusivos de transmissão da First Fifa World War (as outras duas
guerras mundiais foram desconsideradas por não terem sido patrocinadas pela
entidade).
(Quase
desinstalando esse negócio.)
Tentando
mais uma. Last. Not least. @jotahuck. Megaorgulhoso do Home Sweet Home desta
semana, galera. Viajamos milhares de quilômetros até a Favela Palestina –
último reduto de não cristãos no planeta, localizado na periferia de Tel Aviv –
para reconstruir o abrigo antiaéreo de um muçulma supergentefina, viúvo, pai de
doze arabezinhos ultrafofos. #nãopercam #próximosábado #caldeiraço
Não
preciso repetir que essa foi mesmo a última mensagem. Medo de que a próxima revelasse
que, graças a uma parceria inédita entre a Globo, a Unesco, a Igreja Universal
e o governo brasileiro (todos sob a coordenação da Fifa), o Child Hope tinha enfim chegado a Gaza. Ainda sem dedução no imposto de renda.
Achei q haveria mais selfies no futuro! Ufa!... Texto mto criativo, parabéns!
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