domingo, 11 de maio de 2014

Mães

Hoje é o dia delas. De todas elas. Todas mesmo. Não estou falando apenas da criatura – tantas vezes santa – que te botou no mundo. Estou falando também do pai que trocou sua fralda, da vó que te levou e pegou na escola, do irmão mais velho que te ensinou a andar de bicicleta, da tia que te olhou enquanto seus pais não chegavam, do professor que chamou sua atenção quando você sentou a mão no coleguinha.

Cada uma dessas mães – ou pedacinhos de – merece agora e todos os segundos um beijo, um abraço, uma palavra, uma rosa, um muitíssimo obrigado. Jogo de panelas ou liquidificador, só se a pessoa em questão adorar cozinha a ponto de não perder uma receita da Ana Maria Braga; no entanto, ainda que seja esse o caso, por que então não presenteá-la com um almoço naquele restaurante carésimo? ou em casa mesmo – mas preparado da entrada à sobremesa por você?

Mães amam filhos aplicados.

E talvez esteja aí a melhor maneira de dizer a elas o quanto foram, são e sempre serão importantes para nós. Não percamos jamais a oportunidade de lhes mostrar que aprendemos a dobrar lençóis, especialmente os de elástico; que conseguimos descascar laranjas sem cometer dedicídios; que nunquíssima esquecemos o aniversário da vó, da tia e da dinda; que todo ano ajudamos o irmão caçula (e meio avoado) a fazer seu imposto de renda; que sabemos de cor os nomes dos professores do nosso filhote; que pesquisamos o melhor preço antes de encher o carrinho do supermercado; que não atrasamos uma conta sequer; que desligamos o celular quando entramos no cinema; que não saímos de casa sem casaco e guarda-chuva.

Que cuidamos de nós mesmos do jeito que ela cuidaria: coraçãomente.

A certeza de ter cumprido sua missão melhor do que qualquer James Bond, ainda que não contasse com babás da categoria de um M ou um Q; de ter plantado no mundo um pezinho de esperança, apesar da enxurrada de pragas agrotóxicas enviadas a todo instante por fibra ótica; de ter deixado para as próximas gerações um legado (este sim) padrão Fifa; de ter escrito enfim uma obra-mãe – porque prima é para os fracos – será o buquê de uma vida inteira.

Certamente o maior de todos.

Um comentário:

  1. Lindo seu texto em homenagem às mães!

    Abraço!

    http://callixtahcroches.blogspot.com.br/

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