Todo
ano é a mesma coisa. Basta maio se aproximar pra pai, mãe, mulher, sogra,
irmão, cunhada, amigos, até o poodle da vizinha e o papagaio do zelador começarem o interrogatório
sobre o presente de aniversário: o que você vai querer? camiseta? bermuda? tênis?
carteira? CDs? DVDs? chocolates? um perfume?
Isso
quando não põem o dedo na ferida e perguntam do que estou precisando: meias? cuecas? alguma coisita pro apê?
Ah,
e ainda tem a provinha de múltipla escolha a respeito do endereço e afins da
comemoração: festinha no play? churrasco na casa dos pais? lanche no shopping? almoço
no buffet a quilo? quantos amigos vai chamar? eles podem nesse dia? já
confirmaram? cada um paga a sua, né?
É
tanta pressão que dá vontade de sumir duas semanas antes do evento e só voltar duas semanas depois.
Mentira:
dá nada. É uma delícia ser paparicado pelas pessoas que gostam da gente. Se há
uma coisa boa em fazer anos – além de comer bolo e brigadeiro – é ser tratado
como o “cara” durante alguns dias. Você se sente o Reymar, o ChatoNaldo, o
Thiaguinho Pires, quiçá a Mulher-Pitomba batendo pinta e dando ponto na tevê. Ou
será batendo ponto e dando pinta? Whatever.
O
fato é: se bobear, até a Regina Casebre te chama prum “Happy birthday to you” –
em ritmo de funk ou pagode – no palco do Esfria!
Momento-delírio:
o Arlindo Cruzes puxando “E pro Fábio naaaaada?” e a plateia respondendo
“Tuuuuudo!”, enquanto invadem o cenário a bateria da Beija-Flor com uma faixa e
os dizeres “Beija-Flora”, um trio de repentistas de Campina Grande, o primeiro
quarteto sertanejo universitário de Goiânia – resultado da fusão de duas duplas
decadentes – e os MCs Coringa, Pinguim e Espantalho.
Onde
é que eu faço o sinal do Batman?
Mudando
de canal e voltando pro interrogatório: pai, mãe, esposa e etcéteras, seria
muito mais fácil tomar uma decisão sobre o presente se as opções fossem mais
criativas. Tipo: uma casinha em Orlando pros fins de semana e feriados; uma
Ferrari na garagem; um cruzeiro de seis meses pelo Mediterrâneo (de primeira
classe, claro); até um ano de supermercado grátis tá valendo.
A
comemoração? Que tal um show exclusivíssimo do Paul McCartney ou do Elton John
só pra família e amigos na HSBCDEFG Arena?
Outro
momento-delírio. Tenho dado turbinas demais à imaginação. Deve ser a época do ano,
alguma virose, excesso de amendoim no cajuzinho, sei lá. Agora, sem
brincadeira: o que eu quero mesmo, lembrancinhas
à parte, é estar junto das pessoas que gosto – falando (mais) besteira, rindo
bastante, beliscando uns docinhos, dançando até sem saber dançar. Não importa o
endereço.
Se bem que uma recepçãozinha no Copacabana Palace não cairia mal. Coisa simples, sem luxo, low profile – só
pros quinhentos mais chegados.
Hehehehehe!!!
ResponderExcluirAinda bem que vc esclareceu! Agora já sei que vou acertar com a casinha em Orlando!!
E vê se me convida pra recepção no Copa, hein?!
Heheheheh!!!
Parabéns, amigo querido. Vc merece todos os mimos!
Bjsssssssssss
Seu niver foi hoje? O meu foi sexta... não ligo pra festa e nem muito para presentes... o importante é estar bem, independente do ano que passou :)
ResponderExcluirRegina Casebre, hahaha. E os artistas gringos, não mereceram nomes criativos como os artistas da fauna brasileira?
ResponderExcluirParabéns pelo aniversário.
Felicidades a perder de vista!
ResponderExcluirO vinho fica mais saboroso com a idade.
Eu adiciono um ano na minha gostosura no dia 16.
Lindo texto!
Parabéns!
texto bem bacana, e parabéns!
ResponderExcluirAniversário é complicado... Sei lá, nunca fui muito feliz nas minhas festinhas.
ResponderExcluirHoje em dia, me dão abraço, parabéns e pronto. Pra mim, isso tá ótimo!