Brasileiros e brasileiras – o jingle está no ar. Santinhos caem do céu,
inundam as ruas, entopem os bueiros, transbordam a tevê, o rádio, a rede
social, enchem a sacola de promessas olímpicas e recicláveis. Enquanto a
garizada samba as bachianas e valsa o pancadão feito Zé Carioca. Pra inglês
ver. Pra mané dançar até o chão. Prafrentemente.
Nomeiodocaminhomente um bêerretê (busão rápido no
trânsito). Ou um eleitor que não achou a passarela da esperança. Que não achou
uma ambulância do Samuca. Que não achou um leito pro seu mal. Que não achou
rima nem rumo decente pra caravela do Cabral. Que não achou um dotô em greve da
greve na sua hora mais exorbitante. Que ainda achou que ia escapar.
Escapa não. Nem do mensalão. Calunismos. Coisa de quem não
tem o que fazer. De quem não tem o que votar. De quem não vota o próprio
reajuste de quarenta e cinco mil e treze por cento. De quem não compra o
próprio paletó. De quem não viaja no próprio eikemóvel. De quem não aparece no
próprio gabinete. De quem não aposenta o próprio conchavismo senvergonhista.
Impróprio é
lembrar que a capital de duas mil e dezesseis problemáticas tem a sua
solucionática cidade da música – das
artes e artimanhas também. Onde vive fazendo pegadinha e o escambau o fantasma
da ópera do malandro. Detalhe em superslow: a pegadinha acontece apenasmente (e só apenasmente) nos intervalos do
escambau.
Quando todo mundo vê e crê. Credo. Quando bem-amados e
bem-amadas estão dando aquela espiadinha básica no tchê tchererê tchê tchê da Gabriela. Quando malcomidos e malcomidas
estão dando o bolsa-esmola por um tchu, um tchá. Por um tchu tchá tchá tchu
tchu tchá. Por um lelelê que seja antes da defuntice compulsória.
LOL Muito legal, cara. Você manda bem nessas postagens.
ResponderExcluirOdorico Paraguassu pode ser totalmente surreal mas não é ... tem muito politico igual ou pior ...e o povo AMA rsrsrrs
ResponderExcluirNossa! Que crítica!!! Enquanto o candidato abraça criancinha, a ambulância não chega, há uma falsa classe média, uma classe baixa vivendo de vale isso vale aquilo, a novela acaba e vale a pena ver de novo... Uma nova sílaba vira modinha.... O carnaval vem... O carnaval vai e deixa suas marcas... E ... Ops... A política ainda não mudou....
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