Última
terça, 10 de dezembro. Liguei pra Mãe. Queria saber como tinha sido a viagem a
São Lourenço, sul de Minas – descansou? passeou? fez sol? tirou muita foto? coisa
e tal. Papo vai, papo vem, vai também aquela pesquisinha básica dos presentes
de Natal: camisa pro Pai, perfume pra Tia, CD pro Mano e demais etcéteras a
serem encomendados ao Sr. Noel.
(Só espero que, após tantos substantivos,
adjetivos e afins, eu possa requerer anistia. Ou ao menos um relaxamento de pena. O
indulto natalino, acho que já consegui.)
Filho
exemplar, não? Tão atencioso com a família. Tão dedicado aos seus. Tão... Que
nada. Bastaram dois, três minutinhos no telefone pra Dona Angela me lembrar da
falta que uma folhinha faz: hoje seu pai e eu completamos 35 anos de casados.
Ah,
é mesmo?! Parabéns!...
Ela
agradeceu as quatro palavrinhas – regadas a espanto e constrangimento – e a
conversa continuou. Sem melindres. Pelo menos da parte dela. Só que eu me senti
tão culpado de não ter guardado a data com a devida atenção que resolvi aplicar
a mim mesmo punição das mais severas: um ano sem sorvete (quem me conhece sabe o
quão pesado é o castigo). Nada de picolé, sacolé, latinha, caixinha, cremoso ou
não. Casquinha, nem pensar. Vetada até a raspadinha de gelo.
E
mais: o compromisso de assinar esta tentativa meio desajeitada de homenagem,
esta croniqueta que não faz jus a anos tão intensamente (e bem) vividos – que
merecem ser comemorados com buquezão de flores, festa-flashback, jantar romântico, semana na
Disney, show do Paul McCartney, tudo que desejarem. Ainda será pouco.
Desses
35 anos, participei de 32 (fora os nove meses de sombra, água fresca e soninho
gostoso no útero de mamãe). Mais de 11 mil dias juntos, inúmeros instantes de
porta-retrato e a oportunidade de compreender o
significado dos únicos substantivos capazes de abraçar os adjetivos que definem
uma relação verdadeiramente a dois: amizade, carinho, companheirismo e – a
apelação é sincera – amor.
Brigado,
Mãe. Valeu, Pai. Pela história escrita genuinamente a quatro mãos (dadas).
Que
as bodas de vinho – daqui a 35 anos ainda mais felizes – sejam tão saborosas quanto a vida
que cultivaram até aqui. Que tenham aquele gostinho de champanhe estourando
réveillons, de fogos explodindo copacabanas, de alegria espalhando risadas e
(por que não?) de sorvete serenando verões.
Primeiramente, parabéns pelo casal.
ResponderExcluirTomar que essa punição não quebre kkk.
Brincadeira não precisa ficar assim, pelo menos você lembro do aniversario de 35 anos dos seus pais.
http://rodrigobandasoficial.blogspot.com.br/
35 anos de casados é muito tempo.
ResponderExcluirRealmente uma data digna de comemorações. 35 anos de casados não é pra qualquer casal e nos tempo de hoje então. Parabéns aos seus pais e que eles sejam muito felizes, por muitos anos ainda!
ResponderExcluirAbraço.
Nunca tinha ouvido falar de de bodas de coral
ResponderExcluirhttp://nipponpress.blogspot.com/2012/12/numero-de-crimes-devera-cair-pelo.html